sábado, 3 de abril de 2010

ENTRE COLUNAS

Em toda Assembléia Maçônica, os Irmãos poderão se haver do uso da palavra em momento oportuno. Caso queira obter a palavra estando "ENTRE COLUNAS", poderá solicitá-la com antecedência ao V.'.M.'., e obrigatoriamente levar ao seu reconhecimento o assunto a ser tratado. Sendo o Obr.'.impedido de falar, ou sofra algum desrespeito aos seus direitos, poderá solicitar ao V.'.M.'.que o conduza "ENTRE COLUNAS" e, se autorizado, poderá falar sem  ser interrompido, desde que haja um decoro de um Maçom. Se, para estar "ENTRE COLUNAS" é necessária a autorização do V.'.M.'., em contrapartida, nenhum irmão pode se negar de ocupar aquela posição, quando legalmente solicitado pela Loja, sob pena de punição. No entanto, as possibilidades do uso da palavra ENTRE COLUNAS são muitas e constituem um dos melhores instrumentos dos Obr.'.do Quad.'., sendo uma das maiores fontes de direito, de liberdade e de garantia, tanto para os irmãos, quanto para a Loja. Não há regulamentação. Talvez, por isso, cada dia esse direito vem sendo eliminado dos trabalhos maçônicos.
Atualmente um Irmão sómente é solicitado a estar ENTRE COLUNAS, em situação de humilhação e situações tanto quanto degradantes e constrangedoras. Associou-se a idéia de responder ENTRE COLUNAS à idéia de punição, quando em realidade isso deveria ser diferente e muito melhor explorado, em benefício do Quad.'.de Obr.'.de todas as Lojas.
Estando ENTRE COLUNAS um irmão pode acusar, defender a sua ou a outrem, pedir e julgar, assim como comunicar algo que necessite sigilo absoluto, devendo estar consciente da posição a que está revestido, isto é, grande responsabilidade por tudo o que disser ou vier a fazer.
A tradição maçônica é tão rigorosa no que tange à liberdade de expressão que quando um irmão estiver em Pé e a Ordem e ENTRE COLUNAS, para externar sua opinião ou defender-se, não pode ser interrompido, exceto se tiver sua palavra cassada pelo V.'.M.'., ato este conferido ao mesmo.
Estando ENTRE COLUNAS o irmão NÃO poderá se negar a responder a qualquer pergunta, por mais íntima que seja, e também não poderá mentir ou omitir sobre a verdade dos fatos, pois desta forma o irmão perde sumariamente os seus direitos maçônicos, pelo que deve ser julgado, não importando os motivos que o levaram a tal atitudes. Por motivos pessoais, um Maçom pode se negar a responder a quem quer que seja, aquilo que não lhe convier mas, se a indagação for feita ENTRE COLUNAS, nenhuma razão justificará qualquer resposta infiel.
Igual crime comete aquele que obrigar alguém a confessar coisas ENTRE COLUNAS injustificadamente, aproveitando-se da posição em que se encontra o Irmão, sem que haja razão lícita e necessária, por perseguição ou com o intuito de ofender, agravar um humilhar desnecessáriamente.
Quando um Irmão está ENTRE COLUNAS e indaga aos demais Irmãos sobre qualquer questão, de forma alguma lhe pode ser negada uma resposta. Nenhuma razão justificará que seja mantido silêncio por aquele que tenha algo a responder. Uma aplicação prática do ENTRE COLUNAS pode ser referência a assuntos do mundo profano.
É lícito e muito útil pedir informações ENTRE COLUNAS, sejam sociais, morais, comerciais, etc., sobre qualquer pessoa, Irmão ou profano, desde que haja razões válidas para tal fim.
Qualquer dos presentes que tiver conhecimento de algo está obrigado a declarar, sob pena de infração às Leis Maçônicas.
O Irmão que solicitou as informações poderá fazer uso das mesmas porém, deve guardar o mais profundo silêncio sobre tudo que lhe for revelado e, jamais poderá, com as informações recebidas, praticar qualquer ato que possa comprometer a vida dos informantes ou a própria Loja. Se não agir desta forma será infrator das Leis Maçônicas.
Suponhamos que um Irmão tenha algum negócio a realizar em outro Or.'. e necessita informações, mesmo que sejam comerciais, sobre alguma pessoa ou firma. A ele é lícito indagar essas informações ENTRE COLUNAS e, todos os demais Irmãos, se souberem de algo a respeito, são obrigados a darem as respostas ao solicitante.
Outro meio lícito e útil de se obter informações é através de uma prancha, endereçada a uma determinada Loja, para ser lida ENTRE COLUNAS. Neste caso, a Loja é OBRIGADA a responder, guardar o mais profundo silêncio sobre no assunto, cabendo todos os direitos, obrigações e responsabilidades ao solicitador, que deverá guardar segredo sobre tudo o que lhe foi respondido e a fonte de informações.
Muitas são as acepções que norteiam sobre os ensinamentos do significado de estar ENTRE COLUNAS porém, deve o Maçom sempre edificar suas Colunas interiores, embaçado pelos princípios de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, primando pelo bem-estar da família e pelo aperfeiçoamentoda sociedade através do trabalho e do estudo, para com  isso perfazer-se um homem livre e de bons costumes.
Como frisamos, não há mais regulamentação ou Leis Normativas para o uso do ENTRE COLUNAS. E se hão há normas que sejam encontradas nos livros maçônicos é porque pura e simplesmente os princípios da condição estar ENTRE COLUNAS, somente a verdade pode ser dita.
Obedecido este princípio, tudo mais é decorrência.
Este, alegoricamente, talvez seja o real significado no mistério que reagem as Colunas da Maçonaria, pois ESTAR ENTRE COLUNAS É ESTAR ENTRE IRMÃOS.

Bibliografia
ASLAN,Nicola,Grande Dicionário Encia, Londrina: "A TROLHA".ologiclopédico de Maçonaria e Simbologia, Londrina: "A Trolha".
CARVALHO, Assis, Companheiro Maçom, Londrina "A Trolha"
____Simbolos Maçônicos e suas origens, Londrina: "A Trolha"
CASTELLANI, José, Liturgia e Ritualistica do Grau de Aprendiz Maçom
EGITO, José Laércio do. In Coletânea 2. Londrina: "A Trolha"
PUSCH, Jaime. A B C do Aprendiz
Santos, Amando Espósito dos Santos; CONTE, Carlos Basílio, FERREIRA, Claudio Roque Buono, COSTA, Wagner Veveziani. Manual Completo para lojas Maçônicas.São Paulo:Madras, 2004 

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