domingo, 21 de novembro de 2010

A FILOSOFIA MAÇÔNICA

blogdamaconaria.blogspot.com
A Filosofia Maçônica incentiva o homem a buscar a sua própria verdade individual independentemente dos agrupamentos formais ou informais a que pertençam os Maçons individualmente. Sob este aspecto a Maçonaria deixa os seus afiliados inteiramente livres para buscar ou não buscar o conhecimento, seja a verdade como correspondência, a verdade revelada ou a verdade como conformidade. Eis porque é tão importante e essencial a sua neutralidade filosófico-religiosa.
Uma das mais sábias expressões maçônicas é a do Livro das Constituições de 1723, onde diz que cada irmão deve guardar para si as suas próprias convicções político -religiosas, para que as lojas maçônicas possam se tornar um centro de união e harmonia e desenvolver um legítimo sentimento de fraternidade.
A livre e incessante busca da verdade é um direito inalienável do homem. O exercício desse direito, pelo fato mesmo de ser um direito, não pode ser uma obrigação ou uma imposição. Cada maçom poderá escolher o seu próprio caminho sem nenhuma interferência da Ordem.
Uma imposição nesse sentido limitaria a busca incessante da verdade a uma busca dirigida da verdade, o que não seria maçônico. Uma imposição restritiva, por exemplo, é obrigar alguém a aceitar dogmas como a existência de um Grande Arquiteto do Universo e a sobrevivência do espírito após a morte. Isto na Maçonaria é uma opção, não uma imposição, pois não há como incentivar um Maçom neófito à busca livre da verdade e, ao mesmo tempo, impor-lhe os limites de um dogma, que pode deixar de ser sua verdade pessoal em razão dessa busca que lhe é recomendada como um ideal maçônico.
Só há verdadeira fraternidade em um grupo de pessoas quando todos se sentem iguais; só há igualdade quando, ao estarem em convívio, todos deixam conscientemente de parte suas condições sociais de qualquer natureza; só há verdadeira liberdade quando todos podem decidir seus próprios destinos buscando livremente estabelecer sua própria identidade cultural, sem imposições de qualquer espécie.
Só pode ser fraterno quem se sentir igual, só pode sentir-se igual quem é livre. Este é um conjunto de princípios maçônicos essenciais, pois sem eles Maçonaria não teria a sua grandeza. Sem eles não tem sentido a busca incessante da verdade, que não pode apenas ser consentida ou tolerada, pois é um direito.
O que verdadeiramente distingue a Maçonaria Especulativa das outras sociedades é a filosofia contida no seu lema universal: Liberdade - Igualdade - Fraternidade. Estas três palavras, apesar de um aparente sentido díspar, se entrelaçam profundamente.
A Filosofia Maçônica encampa a busca incessante da verdade como decisão individual inalienável e inalterável, não obrigatória. Estas são as condições únicas que preservam o caráter de universalidade da Maçonaria. Assim forma-se o tripé da verdadeira Filosofia Maçônica:
O direito inalienável da busca da verdade. O lema Liberdade Igualdade e Fraternidade. O caráter da universalidade
O primeiro apoio do tripé, a busca livre da verdade, para que possa cumprir-se integralmente deve em primeiro lugar o homem ser livre física e intelectualmente e, principalmente, livre de preconceitos herdados, impostos ou adquiridos.
A Liberdade Maçônica e a Igualdade Maçônica levam à Fraternidade Maçônica, que não é certamente chamar de irmão todos os companheiros da loja. O que distingue a nossa Maçonaria Especulativa das antigas guildas dos Maçons é Justamente a fraternidade universal como virtude. O Maçom moderno deixa de ser irmão entre irmãos, para ser irmão de todos os homens. Portanto o Maçom moderno é antes de tudo um ser generoso, não materialmente, mas um generoso de espírito.
A Maçonaria tem, portanto as portas abertas aos esotéricos e aos místicos, tanto quanto aos adeptos de qualquer religião ou filosofia que aceitem estas condições, isto é, que não pretendam introduzir seus princípios doutrinários ou filosóficos no seio de nossas lojas.
Um cristão, por exemplo, pode tranqüilamente ser maçom, mas não pode conviver em sua fé com o esoterismo, pois ambos se excluem. Um cristão, por outra parte, poderá ser um místico, pois sua religião admite a comunicação pessoal direta com Deus de uma forma ampla. O esoterismo, por sua vez, é meramente acessível a um pequeno número de pessoas privilegiadas, o que contraria o Cristianismo, que afirma que o direito à graça da fé é um direito de todos, indistintamente, independente do seu grau de cultura ou de seu nível de inteligência.

Nenhum comentário:

Postar um comentário